Nesta segunda-feira (29/11), completou 5 anos do acidente aéreo com o time da chapecoense. Eu não sei você, mas eu me lembro exatamente de onde eu estava e o que eu senti quando vi a notícia, no Facebook, em uma publicação da minha prima que postou a foto da televisão dela com a notícia, não queria acreditar, acreditei que fosse um engano, fui procurar em outros meios de comunicação, e era verdade. Aquele dia ficou cinza.

É claro que tragédias nessa escala são menos comuns, mas de tempos em tempos somos surpreendidos com notícias como essa que ceifam a vida de pessoas que tinham sua história toda para construir ainda. Essas situações despertam em nós um sentimento de que temos pouco tempo, de que precisamos mudar algumas coisas, de que não temos controle nenhum sobre o amanhã, e não temos mesmo! Entretanto, mesmo após notícias assim e questionamentos que elas nos trazem, responda honestamente, para você mesmo, que mudanças você implementou na sua vida depois disso?

Muito provavelmente, nenhuma mudança aconteceu, você ainda continua na mesma rotina, talvez no trabalho que você não gosta, ou em um relacionamento que já não te faz feliz, e deixando para começar a correr atrás do seu sonho somente amanhã. Por mais que essas tragédias comovam você, elas não ameaçam diretamente a sua vida então, não colocam você em movimento.

E a minha pretensão com esse texto não é que você inicie uma grande mudança na sua vida a partir dele, mas convido você a refletir, onde você quer estar daqui há um ano? O que deseja para sua vida neste tempo? O que você pode fazer hoje para se aproximar disso?

De uma coisa eu tenho certeza, um dia você vai morrer, assim como eu, e o tempo que temos para fazer qualquer coisa, é esse intervalo entre o nascimento e a morte. Eu não sei o que você deseja conquistar para sua vida e o que você precisa fazer para isso, mas um bom primeiro passo é agradecer a cada dia por estar vivo, crie esse hábito na sua vida, coloque um lembrete no seu celular, ou um bilhete no espelho para te ajudar a lembrar. Normalmente agradecemos por coisas boas então, porque não agradecer pela vida?

Aline Bedin
Psicóloga clínica CRP 12/10514
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