Mauro Cesar Finco participou do quadro “Nossas Empresas, Grandes Negócios” desta sexta-feira (18). Em uma conversa ao vivo na redação do Lance Seara, Mauro ressaltou o início da empresa Finco Alimentos e a Senhor do Vinho.

Segundo o empresário, ainda nos anos 90, Mauro era funcionário da Seara, década de 90, quando havia uma casa de carnes que atendia funcionários e a comunidade.

Três anos depois, o superintendente da unidade informou à família de Mauro que a casa de carnes iria ser vendida e como a sala era do seu pai, eles possuíam a preferência de compra.

– Como diz o ditado, na época eu não tinha o passarinho para dar água, fiquei me perguntando como é que eu iria comprar um negócio daqueles. Então eu já trabalhava na contabilidade, já estava casado e tinha formação na área de contabilidade, sabia quanto vendia e quando dava de lucro. A única condição é que eu saísse da empresa, então decidi apostar na ideia, troquei o certo pelo duvidoso – explica.

Assim, Mauro e seu pai deram início as atividades na casa de carnes, não demorando muito para quitar a dívida de compra.

– Assim que nós assumimos as vendas triplicaram, isso por que colocamos outros produtos à venda, começamos fazer eventos, por exemplo, no sábado de manhã tinha música ao vivo na frente da casa de carnes. Na época era fora dos padrões, então chamava muita atenção. Muitas vezes a fila se estendia até a outra quadra de tanta gente esperando para entrar – destaca.

A dívida antes negociada para pagamento em 36 meses, Mauro conseguiu quitar em três meses à frente da empresa.

– Foi assim que o negócio começou tomar corpo e já começamos ampliar o negócio. Uma curiosidade é que eu era contador formado e aprendendo a ser açougueiro, fazia de tudo lá dentro – comenta.

Com o grande sucesso com a Casa de Carnes, Mauro assumiu mais um desafio, comprar um fax e contratar um vendedor para realizar a distribuição de produtos.

– Realizávamos pedidos durante o dia, todas as notas sendo feitas manualmente, passava no fax para depois iniciar a distribuição. Não demorou muito para ampliar os locais de destruição, São Miguel, Xanxerê, Joaçaba e toda região. Chegou um tempo que não conseguíamos mais ficar na Casa de Carnes, então alugamos um barracão no bairro industrial, isso de 1999 até 2005, ficamos neste local até construir a sede de hoje – diz.

Quando Mauro decidiu construir o novo deposito e sede da empresa, o objetivo era que o espaço fosse suficiente para os próximos anos.

– Com a sede nova realizamos vários projetos de aumento e crescemos muito. Atualmente a Finco Alimentos tem dois mil itens para venda, lá na frente começamos com 15 funcionários, agora são 122 – enfatiza.

Segundo o empresário, ser empresário no Brasil é difícil, ter empresa grande e com produtos perecíveis é mais difícil ainda pois as exigências são ainda maiores.

– Trabalhar com a cadeia de refrigeração precisa ter extremo cuidado, por que o produto precisa temperatura certa no recebimento, na estocagem, na expedição e, principalmente, na entrega, em como o produto é vendido ao consumidor final – diz.

Senhor do vinho

Ainda na Pandemia, Mauro e a família decidiram investir na comercialização de vinhos e espumantes. A escolha do nome da marca também foi definida em família. Mauro detalha como foi este processo:

– Após o final de semana, cheguei na segunda-feira e falei: “vou montar um negócio de vinho e preciso de um nome”. Pegamos um quadro e fomos fazendo sugestão de nome. Foi levantando o nome “senhores dos vinhos”, na sequência foi falado “Senhor do Vinho” é melhor, mas nisso já tínhamos uma lista grande de possíveis nomes. Fechamos em Senhor do Vinho e fizemos consulta pelo nome no INPI. Antes mesmo de abrir, a marca já era nossa. O mais interessante é que a gente descobriu que o Senhor do Vinho não é apenas uma loja, é uma identidade, é algo que a pessoa se identifica. Se a pessoa usa algum acessório, está automaticamente se intitulando como Senhor do Vinho. O nome ficou bem sugestivo, hoje sou apaixonado pelo mercado – fala.

A escola do município de Seara para firmar as raízes de suas empresas também foi pensada cautelosamente.

– Decidi construir e manter minha empresa em Seara por causa das pessoas. Aqui, a gente conhece as pessoas e conseguimos criar vários laços de amizade, parceria e confiança – finaliza.