Segundo o Dicionário Oxford Languages a palavra compaixão significa “sentimento piedoso para com a tragédia pessoal de outrem, acompanhado do desejo de minorá-lo”. Isso tudo significa que quando a compaixão fala mais alto pensamos em ajudar a outra pessoa, pensamos em minimizar o sofrimento dela.
Sabe-se que nesse momento tem pessoas passando fome, tem pessoas que não têm o que vestir e em muitas situações nós podemos ajudar a modificar essa situação. por mais que não tenhamos o poder de resolver, podemos minimizar.
Acompanhei indignada na semana passada uma reportagem do Lance Seara sobre as coisas que são jogadas no lixo em nossa cidade. Como você também deve ter visto, foram jogados no lixo comida ainda embalada e, na sua maioria, dentro do prazo de validade. Entre esses produtos havia pedaços de carne também.
Ainda, muitas roupas em ótimo estado foram jogadas fora. A pergunta que passa em minha cabeça é, por que, ao invés de doar esses produtos para quem precisa, o ser humano decide jogar no lixo? Eu verdadeiramente não sei o motivo de tudo aquilo estar no lixo, mas penso que haveriam outras alternativas para destinação daqueles produtos.
Eu já ouvi pessoas dizendo que não fazem doações de roupas, porque quem recebe usa uma vez e joga fora, não lava. Eu realmente não sei se isso ocorre mesmo, mas a reflexão que eu quero te propor é a seguinte: se cada um é responsável por seus atos, então o destino que é dado ao que é doado, fala sobre a pessoa que recebe, não sobre quem doa.
Mesmo que algumas pessoas não façam bom uso do que ganham, com certeza tantas outras o fazem. Será que cabe a você decidir se a pessoa merece a doação ou não? Será que você fazer a sua parte não ajudaria a tornar o mundo um lugar melhor?
Lembre-se, cada um é responsável por suas atitudes, cada ato que você pratica fica na sua consciência. Se você tem produtos que pode doar e não doa, porque quem recebe não dá valor, essa atitude fala sobre você, sobre o seu caráter. O que é feito com o que é recebido de doações fala sobre a pessoa que recebe, sobre o caráter dela.
Aline Bedin
Psicóloga clínica CRP 12/10514
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