Já é sabido que tem uma hora que chegamos ao nosso limite, a minha pergunta para você hoje é se você respeita o seu limite? E quando falo em limite, falo num sentido bem amplo, limite físico, psicológico, sejam eles perante você mesmo, seja perante outras pessoas.

Imagine que você está doente, mas tem muitas coisas para fazer no seu trabalho, você não quer parar, mas seu trabalho não rende porque você não está bem. Há um limite físico aqui que precisa ser observado, seu corpo precisa de repouso, de descanso. Não é saudável para você insistir em não parar, além disso, sua recuperação demorará mais tempo por não respeitar este limite.

Vivemos em uma época em que a exigência para produzir está presente o tempo todo e precisar parar está fora de nossos planos. Essa própria exigência por resultados muitas vezes é o que nos faz ultrapassar nossos limites e como consequência adoecer. O aumento nos casos de depressão, ansiedade, síndrome de Burnout, por exemplo, já é uma realidade e isso pode estar relacionado com essa correria desenfreada que estamos vivendo. Produzir é necessário, mas precisamos manter o equilíbrio e não ultrapassar os limites que nosso corpo possui.

Comece a prestar atenção nos sinais que seu corpo está dando a você. Dores no corpo que não passam com medicamentos, insônia, sensação de acordar mais cansado do que foi dormir, nível de estresse elevado, esses sintomas podem ser indicativos de que você está ultrapassando a barreira do seu limite.

A minha dica para você é para que você busque equilibrar a correria do dia a dia com momentos de descanso e lazer. Muitas vezes não é possível diminuir a carga de trabalho, mas é possível incluir momentos de lazer na sua rotina. Não precisa ser nada muito elaborado, mas uma caminhada ao entardecer pode contribuir para isso, ou se preferir, sentar e tomar um chimarrão tranquilamente no final do dia. O importante é que você encontre uma atividade que te faça bem e diminua o estresse do dia.

Aline Bedin
Psicóloga clínica CRP 12/10514
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