Ivanilde Dias acorda todos os dias com a missão de deixar os locais mais limpos e com boas condições, em Seara. Natural de Lindóia do Sul, foi em Seara que decidiu morar e criar as quatro filhas. Há 13 anos atuando como gari, Ivanilde comenta sobre o amor ao trabalho que realiza. – Eu gosto […]
Ivanilde Dias acorda todos os dias com a missão de deixar os locais mais limpos e com boas condições, em Seara.
Natural de Lindóia do Sul, foi em Seara que decidiu morar e criar as quatro filhas.
Há 13 anos atuando como gari, Ivanilde comenta sobre o amor ao trabalho que realiza.
– Eu gosto de trabalhar, mesmo com muito preconceito é um serviço que gosto de fazer – diz.
Como a vida sempre tem altos e baixos, o dia a dia como gari é desafiador, por conta disso, existem momentos que ficaram marcados ao longo deste tempo de trabalho.
– É uma luta diária, tem momentos bons e ruins também. O que mais me marcou foi um dia em que eu estava varrendo e uma moça passou por mim, sacudiu os pés com cara de nojo e disse: por que você não para de varrer quando a gente passa? Eu não estava incomodando, apenas disse que não, pois se cada um que passa eu parar de varrer não consigo trabalhar – explica.
Em contrapartida, há muitas pessoas boas que Ivanilde conhece durante seu horário de serviço, os turnos começam às 05h até às 11h.
As visões da comunidade
– Posso dizer que uma parcela da sociedade nos vê bem, temos bons chefes. Dá pra dizer que metade dos que passam por mim sempre me cumprimentam. A rotina é cansativa, mas vamos à luta – comenta.
Após 20 anos residindo no município, Ivanilde é só elogios, com ela, não se tem tempo ruim.
– A classe que faz a limpeza das ruas não pessoas que sempre limpos e confortável, mas é um serviço digno e eu faço com muito orgulho – fala.
Há aproximadamente cinco meses, na parte da tarde, Iva dedica seu tempo trabalhando em uma mecânica.
– Um tempo atrás fazia faxina, mas não gostava muito. Então fazia meio período na rua, logo apareceu a oportunidade de trabalhar na mecânica – destaca.
Nos intervalos do trabalho e horas vagas, Iva gosta de tomar seu bom chimarrão, deixar a casa limpa e brincar com os netos.
Segundo Ivanilde, com a chegada da Pandemia o acúmulo de lixo tornou-se ainda maior.
– Com a Pandemia as coisas pioraram, as pessoas não cuidam, jogam muito lixo no chão. As vezes dá pra ver, estão do lado do lixo, mas não fazem a destinação correta – explica.
Esposa, mãe, avó e bisavó, Ivanilde relata sobre os grandes aprendizados que a profissão lhe ensinou e, ainda destaca sobre sua fé em Deus.
– Eu morava no interior, então aprendi muita coisa aqui na cidade. Conheci e diariamente conheço muitas pessoas boas. Confio muito em Deus, se ele não tivesse junto de mim não estava aqui – finaliza.
Sem planos de deixar a profissão, Iva segue com seu carinho pelos principais pontos da cidade, usado máscara, mas sempre com um bom sorriso no rosto