Crime chocou a comunidade em 2018; sentença foi proferida nesta sexta-feira (13/12)
Um crime brutal que abalou a cidade de Seara, no Oeste de Santa Catarina, teve um desfecho nesta sexta-feira (13). Um homem foi condenado a 32 anos e três meses de reclusão em regime fechado pelo Tribunal do Júri após matar uma mulher por estrangulamento com uma calça legging. A decisão acolheu a tese apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) de homicídio qualificado — com qualificadoras de motivo torpe, asfixia, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio — além de estupro e ocultação de cadáver.
O crime ocorreu no dia 9 de maio de 2018. Segundo a denúncia, a vítima, que era usuária de drogas, foi atraída pelo condenado sob o pretexto de adquirir entorpecentes. No local, ela foi agredida, amarrada e estuprada. O homem aproveitou-se da vulnerabilidade da mulher, que estava em estado de abstinência, para forçá-la a praticar atos libidinosos.
Após as agressões, o réu estrangulou a vítima com uma calça legging, provocando asfixia mecânica, como atestaram os laudos periciais. Para esconder o crime, ele ocultou o corpo em um matagal de difícil acesso, dificultando a localização dos restos mortais.
A sentença foi proferida com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que permite a execução imediata da pena em casos julgados pelo Tribunal do Júri. O juiz negou ao condenado o direito de recorrer em liberdade, e ele permanece preso preventivamente.
O Promotor de Justiça Rafael Baltazar Gomes dos Santos atuou na acusação e destacou a gravidade do crime e os impactos na comunidade local. Ainda cabe recurso da sentença.