A mulher tem conquistado, cada vez mais, o protagonismo em diferentes áreas. Na cultura tradicionalista não é diferente, elas mostram sua fibra participando e obtendo destaque e importantes premiações nas provas campeiras, onde antes apenas os homens disputavam. Uma dessas provas é o tiro de laço, esporte que surgiu na cidade de Esmeralda no Rio […]
A mulher tem conquistado, cada vez mais, o protagonismo em diferentes áreas. Na cultura tradicionalista não é diferente, elas mostram sua fibra participando e obtendo destaque e importantes premiações nas provas campeiras, onde antes apenas os homens disputavam.
Uma dessas provas é o tiro de laço, esporte que surgiu na cidade de Esmeralda no Rio Grande do Sul na década de 50. Esta atividade campeira do gaúcho é uma prova muito popular nos rodeios crioulos onde o laçador tem o espaço de 100 metros para laçar um novilho que tenta fugir.
O trio de prendas, Juciane Bachi, Camila Vieira e Andreia Faller, falam sobre como iniciaram no esporte, as experiências vividas no tiro de laço e também sobre o crescimento das mulheres nessa área.
Juciane, de 23 anos, é natural de Ipumirim, Camila, de 24 anos, nasceu em Seara e Andreia tem 31 anos e nasceu em Ampere, no Paraná.
— Comecei a gostar do esporte laço comprido em 2018, fui influenciada pelo meu namorado que também laçava, mas começou também a pouco tempo junto com o amigo dele — comenta Juciane.
Camila vieira começou um pouco depois, pois dizia que esse esporte não era pra ela e não se via laçando, mas com o passar do tempo acabou se encantando também com o laço.
— Eu e Camila já éramos amigas antes de começarmos laçar, pois nossos namorados são amigos desde a infância — cita Juciane.
Ela conta um fato marcante:
— Em um rodeio que tive que deitar em cima do cavalo pra serar uma armada, pois o cavalo que eu estava não parava puxando o freio — fala.
Em 2019 o trio se associou no CTG Macanudos em Seara e por meio dele, este ano, conheceram a sua amiga Andreia Faller, que começou a laçar esse ano com a ajuda do marido já experiente.
— No final de semana passado, nós três participamos do rodeio no CTG Modelo da Tradição na cidade de Modelo em Santa Catarina — destaca.
Foi o sexto rodeio de Juciane competindo, onde conseguiu pela primeira vez se classificar para a final do duelo de prendas, já Andreia e Camila participaram do seu terceiro rodeio, Camila conseguiu ir para uma final na cidade de Jaborá em um deles.
— Apesar de não ter conseguido ganhar, é uma grande conquista por fazer pouco tempo que participo desse esporte — finaliza Juciane.
— Somos bem novas no laço e não é fácil competir com quem faz isso há anos, e participamos de poucos rodeios por isso ainda não ganhamos premiações importantes, mas seguimos treinando para levar um troféu — frisa o trio.