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Gustavo Mota | 12/08/2024 11:26

12/08/2024 11:26

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Trabalhadores da Celesc iniciam greve por tempo indeterminado

Celesc e Sindicatos enfrentam conflito sobre participação nos lucros

Nesta segunda-feira, 12 de agosto, trabalhadores da Celesc iniciaram uma greve por tempo indeterminado em resposta a uma proposta controversa da diretoria da empresa sobre a Participação nos Lucros e Resultados. A decisão foi anunciada pela Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina (Intercel), que alega que a proposta altera a forma de pagamento da PLR, beneficiando um grupo restrito de funcionários em detrimento de outras categorias.

A Intercel informou que a decisão de entrar em greve foi motivada por negociações frustradas com a diretoria da Celesc. Os sindicatos que representam os empregados criticaram a gestão da empresa por não atender às demandas durante as negociações. A nota divulgada pela Intercel afirma que a greve se deve à destruição de direitos adquiridos para beneficiar um pequeno grupo de funcionários.

Embora a proposta não altere o valor total reservado para a PLR, que é de 56 milhões de reais, a discordância gira em torno da forma de distribuição desse montante. A nova proposta é criticada por favorecer os engenheiros da empresa em detrimento de outras categorias, especialmente aquelas com menor remuneração.

A greve atual é a terceira enfrentada pelo governo de Jorginho Mello (PL) em um curto período. Anteriormente, professores realizaram uma greve que foi encerrada após uma nova proposta de negociação do governo, e os servidores da Casan paralisaram suas atividades por 10 dias em junho. A greve na Celesc poderá intensificar a pressão sobre o governo, que já enfrenta desafios na gestão de conflitos trabalhistas.

O governo e a diretoria da Celesc devem buscar uma solução para a crise a fim de minimizar impactos nas operações da empresa e nos serviços prestados à população.

Em nota, o sindicato destacou que, apesar dos esforços para manter a qualidade do atendimento, a gestão atual tem causado problemas adicionais com a falta de pessoal e o aumento da terceirização. A nota também menciona que a diretoria não formalizou uma contraproposta para o Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados 2024, o que contribui para a mobilização dos trabalhadores em defesa de seus direitos.

Durante a greve, serviços essenciais serão mantidos de forma voluntária pelos trabalhadores. Os sindicatos destacam a necessidade de avanços nas negociações e uma mudança na postura da diretoria da Celesc para garantir que os trabalhadores sejam devidamente valorizados e continuem a prestar serviços de qualidade ao estado de Santa Catarina.

(Fonte:Rádio Rural)

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