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Marcos Vinícius Pedroso | 11/11/2021 21:13

11/11/2021 21:13

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Superação: searaense comenta sobre grave acidente que sofreu com árvore há seis anos

Essa história de superação é de Odair Carlos Battistella, de 61 anos, é natural de Seara e reside até hoje no município, é esposo de Ivone Toffoli Battistella, ele tem duas filhas, Gizielle Battistella e Francine Battistella. Odair sofreu um grave acidente enquanto estava cortando árvores, no dia 17 de janeiro de 2015, quando um […]

Superação: searaense comenta sobre grave acidente que sofreu com árvore há seis anos

Essa história de superação é de Odair Carlos Battistella, de 61 anos, é natural de Seara e reside até hoje no município, é esposo de Ivone Toffoli Battistella, ele tem duas filhas, Gizielle Battistella e Francine Battistella.

Odair sofreu um grave acidente enquanto estava cortando árvores, no dia 17 de janeiro de 2015, quando um temporal na noite anterior provocou quedas de árvores em meio a pista trancando a passagem de veículos. Como a família de Odair morava logo acima da rua principal da comunidade Linha Forquilha interior de Seara, resolveu ir ajudar a retirar as árvores do local.

Odair usou seu maquinário para fazer a retirada, enquanto ele fazia o corte das árvores, uma delas acabou rodopiando e atingindo a sua cabeça, jogando-o em cima de outra árvore, na qual entrou um graveto de aproximadamente 12 centímetros perfurando seu crânio.

— Eu lembro que fui cortar a árvore e quando percebi ele rodopiou e me deu uma batida forte na cabeça, me derrubando, quando levantei escorria sangue, eu sentei e lembro de alguém falando calma nós vamos te ajudar — cometa Odair.

Não se sabe certo por quanto tempo ele permaneceu desorientado, em certo momento passou pelo local o senhor Claiton Bublits e família, e perceberam que o pai estava caído e fazendo sinal com a mão pedindo socorro.

E logo em seguida começou a busca por socorro, encontraram a casa da mãe de Odair, que mora logo de baixo junto com seu sobrinho, Rodrigo, e ele chamou os bombeiros e encaminhado para o hospital São Roque de Seara e em seguida para o hospital São Francisco de Concordia.

graveto que perfurou o crânio

 

Devido ao acidente, Odair foi submetido a uma cirurgia de emergência que durou três horas para retirar o graveto, após a cirurgia permaneceu em coma induzido por sete dias, depois foi entubado na UTI onde ficou 5 dias, e mais três em quarto normal.

— Quando acordei do coma é o médico perguntou como eu estava e eu respondi estou bem, porque tenho deus aqui comigo, batendo no peito — destaca.

O risco de infecção hospitalar era alto, então os médicos o mandaram pra casa, e nesse momento começou a luta.

— Os primeiros dias em casa ele trocava o dia pela noite — cita a família.

Como as duas filhas dele trabalhavam em uma creche, sua esposa sozinha não conseguia cuidar dele, e com isso tiveram uma grande ajuda de toda comunidade de Linha Forquilha, toda família Battistella, Toffoli, a cunhada Celita, o irmão Nelson Battistella, as fisioterapeutas e os médicos.

— Agradeço minhas filhas e minha esposa também por terem me dado o cuidado e a atenção — expõe Odair.

Quando ele saiu do hospital, havia perdido completamente os movimentos do lado esquerdo do corpo, ficando em uma cadeira de rodas, nas primeiras semanas as filhas e esposa davam banho e o ajudavam a se movimentar para os lugares.

— Com muita persistência a fé ele recuperou cerca de 50% de seus movimentos — frisa a família.

Começou com fisioterapia em casa, e por volta de dois meses após ao acidente ele começou a andar com ajuda das muletas, aí começou com a fisioterapia em Seara, que continua até hoje, fazendo uma vez na semana.

— A pouco tempo tive uma grande conquista e um sonho realizado, que foi renovar minha carteira de motorista — expressa Odair.

Em 2016, nasceu sua primeira neta, na qual dedicou toda sua atenção e carinho, e em 2020 veio a segunda neta, agora ele dedica seu tempo cuidando delas e da casa, junto com sua esposa Ivone.

— Ainda tenho muitas dificuldades de locomoção, mas consigo fazer o básico sozinho, como tomar banho, se vestir, comer, e fazer a faxina dentro de casa, e minha recuperação está indo bem — fala.

E ele deixa um recado:
— Não tenho mais a vida que eu tinha antes, tenho algumas dificuldades, mas me sinto bem, nunca perdi a fé e a esperança de vencer na vida — conclui.

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