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Marcos Vinícius Pedroso | 21/10/2021 19:02

21/10/2021 19:02

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Mulher que trabalha como Uber comenta sobre as experiências e desafios da profissão

A mulher que trabalha de Uber em Seara se chama Josiane Cristina Pelisson, ela tem 44 anos, três filhos, nasceu e cresceu em Maringá, no Paraná, mas é quase uma Searaense, já que vive há 12 anos em Seara. Ela conta que quando se casou pela primeira vez, foi morar no Rio Grande do Sul, […]

Mulher que trabalha como Uber comenta sobre as experiências e desafios da profissão

A mulher que trabalha de Uber em Seara se chama Josiane Cristina Pelisson, ela tem 44 anos, três filhos, nasceu e cresceu em Maringá, no Paraná, mas é quase uma Searaense, já que vive há 12 anos em Seara.

Ela conta que quando se casou pela primeira vez, foi morar no Rio Grande do Sul, e quando se divorciou veio morar para Concórdia para trabalhar em uma empresa, e logo em seguida veio morar em Seara para trabalhar em uma empresa alimentícia a qual ficou uns anos e depois abriu seu próprio negócio.

Começou a vender cachorro-quente, mas quando chegou a pandemia, começou ir mal as coisas, o movimento de clientes enfraqueceu e não estava tendo lucro, foi quando começou a fazer algumas “corridas” levando as pessoas de um lugar a outro na cidade, e começou a tomar gosto pela coisa.

— Estou trabalhando de Uber desde maio, eu gostava e ainda gosto muito do que eu faço — fala Josiane.

Ela percebeu que as mulheres estavam precisando disso, principalmente para as que saem a noite para ir em bares, saem para namorar, e precisam voltar para casa de madrugada

— As pessoas tem muita dificuldade em achar um taxi para fazer viagens a noite e agora eu faço esse trabalho, pois atendo 24h e a maioria dos clientes são mulheres, pois se sentem mais confortáveis — comenta ela.

Uniu o útil ao agradável, atendeu uma necessidade da população e ganhou seu dinheiro com isso.

— Hoje eu sustento a casa, meus filhos, é meu ganha pão, pago as contas e ainda tenho tempo de sair com minhas amigas e ir no salão — cita Josiane.

Mas nem sempre ocorreu tudo bem, ela comenta sobre uma experiência ruim que viveu:

— Recebi uma ligação às 04h de um casal que precisa ir para o hospital, para a mulher ter um bebê, ela entrou no carro passando mal e com muita dor, acabou infelizmente perdendo ele no banco de traz do meu carro, e isso marcou bastante minha vida — destaca.

Comenta sobre como se sente:
— Me sinto feliz com a independência financeira que eu tenho, faço o que gosto, e conheço pessoas novas a todo momento, cada pessoa com uma história diferente e faço amizades o tempo todo — frisa Josiane.

Ela acrescenta a questão do machismo na profissão dela, pois querendo ou não, é mais difícil encontrar uma mulher nesse ramo.

— Nós mulheres estamos conquistamos nosso espaço no mercado de trabalho cada vez mais, não importa a área — finaliza.

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