Entre as deficiências mais comuns na infância, está a Paralisia Cerebral (PC). Ela é caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a postura do corpo. Essas alterações são secundárias a uma lesão do cérebro em desenvolvimento e podem ocorrer ainda durante a gestação, no nascimento ou […]
Entre as deficiências mais comuns na infância, está a Paralisia Cerebral (PC). Ela é caracterizada por alterações neurológicas permanentes que afetam o desenvolvimento motor e cognitivo, envolvendo o movimento e a postura do corpo.
Essas alterações são secundárias a uma lesão do cérebro em desenvolvimento e podem ocorrer ainda durante a gestação, no nascimento ou no período neonatal, causando limitações nas atividades cotidianas.
Este é o caso do searaense Igor Sergio Berno, de 24 anos, filho de Lidaci e Ari Berno.
Igor teve paralisia cerebral devido à demora no trabalho de parto. Quando nasceu, precisou ser reanimado por apresentar poucos sinais vitais, ficou três dias na incubadora no Hospital de Seara e, posteriormente, foi transferido para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Do hospital São Francisco de Concórdia aonde permaneceu por 21 dias.
Quando saiu do hospital, o pediatra alertou que Igor poderia ter um possível atraso na coordenação motora, assim sendo, logo iniciou um tratamento com um neurologista e começou com fisioterapia.
Aos seis meses de idade, Igor precisou passar por uma cirurgia na bexiga por motivo de falha no momento de amarar o umbigo, e era necessário corrigir.
Quando Igor completou um ano, começou um tratamento no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Chapecó. Lá ele frequentava fisioterapia, equoterapia, fonoaudióloga, hidroterapia e sala de estimulação.
— Ele permaneceu lá até os seis anos de idade, em seguida continuou o tratamento em Seara, onde permanece até hoje — explica família.
Aos três anos, o jovem passou por um procedimento cirúrgico para alongamento dos tendões, e com isso, permaneceu 60 dias com as pernas engessadas.
Com sete anos, iniciou os estudos como criança especial na Escola Núcleo São Rafael, e assim, conciliou a escola com os tratamentos e acompanhamento com pediatras, fisioterapeutas, fonoaudióloga, ortopedista, otorrinolaringologista e neurologistas.
Ele concluiu a 8ª série na Escola de São Rafael, e para o ensino médio foi estudar no Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) no colégio E.E.B Seara obtendo formação em 2013.
— Sempre foi uma criança carismática e feliz apesar de suas limitações — comenta a família.
Atualmente, Igor se comunica através de gestos e depende da família para se alimentar e para suas necessidades básicas, ele passa seus dias assistindo TV, adora assistir filmes e novelas, gosta de passear e ficar na piscina.
— Ele é um vencedor pois superou todos os obstáculos e continua enfrentando dificuldades superando os preconceitos — conclui a família.