Conselhos tutelares intensificam ações de resgate e acolhimento de vítimas de exploração sexual
Hoje (18), em todo o Brasil, a sociedade se mobiliza para combater a exploração sexual de crianças e adolescentes, marcando o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Essa data remonta a um caso trágico ocorrido em 1973, quando uma menina de 8 anos foi sequestrada, violentada e assassinada no Espírito Santo, sem que os responsáveis pelo crime fossem punidos até hoje.
A problemática da exploração sexual infantil abrange diversos fatores sociais, culturais e financeiros. Estudos da Organização Mundial da Saúde revelam que, das 204 milhões de crianças com menos de 18 anos, 9,6% sofrem exploração sexual no mundo. No Brasil, a cada 24 horas, estima-se que 320 crianças e adolescentes sejam explorados sexualmente, sendo que apenas 7 em cada 100 casos são denunciados.
Os danos psicológicos causados pelo abuso sexual são profundos e podem incluir transtorno de estresse pós-traumático, depressão, ansiedade, medo e redução da qualidade de vida. É fundamental que a sociedade esteja atenta aos sinais que indicam possíveis vítimas de exploração sexual, como o isolamento social e a hipersexualização.
Para combater essa violência, é necessário criar uma rede de apoio que inclua Conselhos Tutelares, Centros de Referência Especializado de Assistência Social, Delegacias Especializadas de Proteção à Criança e ao Adolescente, Varas da Infância e Juventude, e o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes .
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, celebrado em 18 de maio, é uma oportunidade para sensibilizar a população e fortalecer a luta contra essa forma de violência, garantindo assim os direitos e a proteção das crianças e dos adolescentes em todo o país.