A propriedade que o casal Teodorico e Teolides Marcom se dedica na criação de búfalos, fica no interior de Xavantina, com cerca de 140 hectares. São mais de 30 anos de trabalho na propriedade que é referência na criação dos animais.

Tudo começou como uma experiência e o objetivo era encontrar um animal mais rústico para se trabalhar, mas o que o casal não imaginava é que iria gostar tanto de trabalhar com os búfalos.

– A primeira vez que eu vi me apaixonei pelo animal, comecei com apenas três, depois foi aumentando a quantidade. No começo, o maior medo era amansar os animais para tirar o leite, mas pegamos o jeito e quando fomos para Porto Alegre pegar um touro, explicaram para nós como fazer – diz.

Todo o trabalho na propriedade é feito pelo casal, que divide os afazeres. No campo, os serviços são coordenados pelo Teodorico, que todos os dias, acompanhado de sua mula e seus dois cachorros, percorrem pelas pastagens para conferir o rebanho. O trabalho começa cedo e muitas vezes não tem hora para acabar.

– Cinco e meia da manhã estou pronto para o café e só volto meio-dia porque tem os animais para tratar e também ajudo a minha esposa tirar leite. Depois pego a mula e vou andar pelo potreiro para conferir se os búfalos estão todos bem – cita Teodorico

Fora das pastagens, os trabalhos são monitorados por Teolides, já que duas vezes por dia, as búfalas são ordenhadas. Na propriedade, os búfalos são criados para engorda e depois são comercializados e também para a produção de leite.

Teolides Marcom comenta:

– Levanto cinco e meia da manhã tomar café da manhã junto com o meu marido, depois vou buscar as búfalas no pasto e levo ordenhar, meu marido ajuda amarrar e tratar os animais, e assim ordenhamos e fazemos o queijo com o leite – frisa.

Para fazer um quilo de queijo, por exemplo, são necessários 10 litros de leite de vaca. No caso do de búfala, são apenas cinco litros. Toda a ordenha é realizada com a presença dos bezerros, já que as fêmeas precisam dos filhotes para liberar o leite.

Na propriedade, os búfalos são criados para engorda e depois são comercializados e também para a produção de leite.  Cada fêmea produz cerca de 10 litros diariamente, um volume menor comparado à produção de vacas, mas que, na indústria, acaba rendendo mais.