A Apae de Itá tem 24 anos de funcionamento. A instituição atende cerca de 55 alunos com deficiências, conta com uma equipe de 13 funcionários entre atendimento de saúde, assistencialismo e educação, atendem no período matutino e vespertino.

Para ajudar a desenvolver as atividades, eles se baseiam no Currículo Funcional Natural, que parte do princípio que todas as pessoas são capazes de aprender independente de seus limites.

Rosana Canal atua na direção da Apae há seis anos e conta um pouco sobre a instituição:
— Dentro desse currículo, temos as oficinas que são hoje nosso maior foco, então damos ênfase para desenvolver a autonomia e a criatividade do aluno. E eu gosto da seguinte frase: a partir de uma dificuldade criamos uma habilidade — comenta.

Quando recebem um aluno especial, sabe-se que cada um tem sua particularidade, então começam a traçar estratégias para que consigam identificar uma habilidade e trabalhar em cima disso.

— A gente disponibiliza todas as oficinas, mas nem todos conseguem participar por que depende da limitação de cada um, e também tem alguns alunos que não gostam de certas atividades e a gente respeita isso — frisa.

Alguns dos projetos são: Terapia Aba, e a Cinoterapia.

A análise do comportamento aplicada (ABA), é aplicação da psicologia comportamental que ficou muito conhecida no Brasil por sua adaptação para o tratamento de crianças com diagnóstico do transtorno do espectro autista.

Já a Cinoterapia ou Terapia Facilitada por Cães (TFC) é uma atividade que utiliza o cão como facilitador no processo terapêutico.

Atividades no dia a dia, há a dança, oficina da produção, horta escolar, projeto jardinagem, oficina de pesquisa e um projeto direcionado as mães dos alunos.

— Durante meus 12 anos de carreira apenas três deles fiquei fora da Apae, e digo que a satisfação em trabalhar aqui é muito grande, acompanhar a evolução de cada um deles, para mim é um prazer, a cada planejamento uma sementinha plantada — conclui Rosana.