Atuar no gol é parte da base defensiva de uma equipe, função única no futebol, é cada vez mais explorada de novas formas que ultrapassam as habilidades debaixo das traves. Hoje em dia, quem joga nessa posição precisa ter segurança no gol, bem como boa qualidade técnica, agilidade e inteligência, esse é o caso de Gabriela Knappe, de apenas 14 anos que atua como goleira do time feminino de Futsal de Itá.

Ela nasceu em Itá, é filha de Beto Knappe e Beatriz Soares, e sonha desde pequena em se destacar no esporte. No começo de 2021, a jovem começou a passar por momentos difíceis onde a ansiedade estava acabando com ela e foi por meio do futsal que encontrou uma saída.

— Quando conversei com meus pais sobre começar a treinar, eles me apoiaram logo de cara, pois era algo que eu gostava e estaria me ajudando de certa forma — pontua.

No dia seguinte, ela foi até o Ginásio Municipal de Itá para conversar com o diretor da DME e começar a treinar o quanto antes.

— Assim que cheguei lá conversei com o professor, ele me perguntou em que posição gostaria de jogar e rapidamente respondi que queria ser goleira, pois era uma posição que eu gostava e admirava muito — destaca.

Desde então já ficou combinado, na próxima semana Gabriela começaria a treinar

— Todos acham que ser goleiro (a) é fácil, mas não é bem assim não. Ser goleiro é ser herói e vilão, ser goleiro é saber dizer, mesmo quando todos acham o contrário, que não houve falha, pois só quem joga lá embaixo das traves sabe o quanto as defesas que parecem simples, às vezes, são bem mais difíceis que os pulos vistos — cita.

De acordo com Gabriela, o goleiro precisa ter as habilidades de todos os jogadores dentro de si: velocidade, força e a capacidade de ler a partida.

— A cobrança é em dobro, pois não podemos errar, os treinos são mais rigorosos, a pressão de todos sobre nós é maior, se engana quem acha que ser goleiro é pros fracos — frisa.

Por várias vezes, Gabriela pensou em desistir por achar que não iria se sair bem, mas seus pais nunca deixaram que isso acontecesse, sempre a incentivaram.

— Quando eu chegava em casa chorando depois de um treino cansativo eles sempre me reerguiam e nunca deixaram que eu desistisse desse sonho. O recado que eu dou é sonhe, lute, corra atrás, realize, mas nunca desista, pois nada é impossível quando temos força, foco e fé — finaliza.