Lance Notícias | 06/04/2022 10:10

06/04/2022 10:10

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Desvendando a síndrome do pânico

Taquicardia, sensação de falta de ar, formigamentos, tontura, sensação de desmaio, medo de morrer ou de enlouquecer, todos esses sintomas descrevem um ataque de pânico. E posso te afirmar que é desesperador passar por isso. A primeira coisa que passa por sua cabeça é que você está infartando e, de fato, muitas pessoas procuram a emergência de hospitais porque os sintomas são muito parecidos. Não temos nenhum tipo de exame clínico que possa detectar a síndrome do pânico, por isso, o diagnóstico é feito descartando todas as hipóteses de que seja algo físico.

Existem diferenças entre o ataque ou crise de pânico e o transtorno de pânico. Os ataques ou crises de pânico são caracterizadas por esses episódios em que a pessoa apresenta os sintomas descritos acima, todos ou apenas alguns. Quanto ao transtorno de pânico, refere-se à recorrência dessas crises associadas a um medo muito grande de que elas aconteçam novamente e à comportamentos de evitação às situações que possam desencadear uma crise.

Quanto ao enfrentamento das crises, após descartar qualquer hipótese de doença física é importante que você saiba que uma crise de pânico é o auge da ansiedade e, por mais desesperador que seja, você não morrerá em decorrência da crise e não enlouquecerá. Mesmo que você não faça nada para a crise passar, dentro de 30 a 40 minutos passará sozinha. Isso ocorre porque a crise de pânico é uma resposta ansiosa gerada pelo próprio organismo frente à alguma ameaça, seja ela real ou imaginária e, assim como o organismo a gera, ele mesmo dá conta.

Saber dessas informações te ajudará a passar por uma crise com maior tranquilidade. Além disso, quando você estiver em crise, procure mudar o foco dos seus pensamentos. A crise se mantém porque você fica extremamente focado nos sintomas. Então, procure mudar o foco dos seus pensamentos durante a crise, procure algo que te distraia, converse com alguém, caminhe, ligue para alguém, enfim, a ideia é você tirar o foco dos sintomas e pensar em outra coisa. É de extrema importância também, que você procure um profissional qualificado para te ajudar a resolver este problema.

Aline Bedin
Psicóloga clínica CRP 12/10514
WhatsApp: (49) 98414-6352
Redes Sociais: Instagram @psicoalinebedin

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