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Lance Notícias | 23/11/2021 19:25

23/11/2021 19:25

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“São poucas as ocorrências que consigo esquecer”, diz BCP do Corpo de Bombeiros de Seara

Você já deve ter se questionado sobre como é a vida de um Bombeiro, né?! Natural de Seara e apaixonado pela profissão que escolheu há alguns anos, Reginaldo Orlando viajou por grande parte do Brasil sendo caminhoneiro ao longo de 11 anos, por influência de seu pai. Após este período, Reginaldo começou a trabalhar como […]

“São poucas as ocorrências que consigo esquecer”, diz BCP do Corpo de Bombeiros de Seara

Você já deve ter se questionado sobre como é a vida de um Bombeiro, né?!

Natural de Seara e apaixonado pela profissão que escolheu há alguns anos, Reginaldo Orlando viajou por grande parte do Brasil sendo caminhoneiro ao longo de 11 anos, por influência de seu pai.

Após este período, Reginaldo começou a trabalhar como motorista da Secretaria da Saúde do município, criando gosto pela área e decidindo fazer parte do Corpo de Bombeiros Voluntários.

– Entrei no Corpo de Bombeiros quando ainda era Corpo de Bombeiros Voluntário, em 2013. Me formei e desde lá construo essa história. Quando ocorreu a troca para Bombeiro Militar em 1° de agosto 2015, eu fui cedido pela Prefeitura para o Bombeiro Militar. Desde lá sou Bombeiro Civil Profissional (BCP) – explica.

Com a troca, Reginaldo que já havia realizado cursos de Bombeiro Voluntário, precisou fazer novas capacitações para Bombeiro Militar.

– Eu atuo em todas as áreas, fiz curso de bombeiro voluntário e quando a militar assumiu, tive que fazer novamente para me adequar ao sistema – diz.

Entre os cursos já realizados e por ter preferência em estar no caminhão da corporação, Reginaldo já tem especialização em deslizamento, intervenção para incêndio florestal além de técnica e táticas de corte de árvores.


Foto arquivo pessoal

Ocorrências atendidas

O BCP comenta sobre a dificuldade em esquecer as ocorrências que atende.

– Várias ocorrências que me marcaram, na verdade são poucas que eu me esqueço, nossa profissão esta diretamente ligada ao psicológico. Não é questão de saber filtrar o que vai comigo e o que fica na corporação, é um caso de obrigação, tenho que filtrar o que acontece – destaca.

Reginaldo ainda ressalta que tem filha pequena chamada Valentina e a esposa além da família no geral, e que muitas vezes, após o serviço, precisa ficar no meu canto, sozinho, absorvendo os fatos.

– Não é tarefa fácil, afeta muito nosso emocional – diz.

O BCP ainda comenta sobre a pior coisa que pode acontecer durante um atendimento.

– A pior coisa para os socorristas é perder a vítima. Infelizmente eu já presenciei e vivenciei este fato, isso me balança até hoje – relata.

Segundo ele, a ambulância é a primeira chegar no local dos fatos. O objetivo quando chegam é avaliar a situação e condições das vítimas envolvidas.

– Quando o caminhão chega nós precisamos saber os seguintes pontos: Tem vítima? Quantas? Qual a situação? Estável? Sinais vitais? Consciente? Por exemplo, chegamos no local e recebemos a informação que a vítima está orientada e estavél, siginifca que se tem um certo tempo, então presamos pelo bem da pessoa e cuidar os estragos no veículo. Em outro caso, se for emergencial, usamos o termo “afundando” que significa “estamos perdendo a vítima”, então nós temos que fazer o impossível para tirar ela do local por qualquer lugar, prezamos pela vida a todo custo – enfatiza

Como toda profissão, existem os momentos altos e baixos. Ele ainda ressalta sobre momentos de felicidade nos atendimentos.

– Fico muito feliz em ajudar, em ver que a pessoa está bem, que deu tudo certo. Penso sempre que além de vítimas, a pessoa pode pai, irmão, filho de alguém – comenta.


Foto arquivo pessoal: Dia de treinamento para resgate veicular

Com vasta experiência na área, o Bombeiro Civil Profissional ainda comenta sobre os atendimentos que realiza.

– Já trabalhei com tudo, atendimento Pré-hospitalar (PH), não tenho problemas em trabalhar com sangue, já atendi ocorrência de vitima baleada e esfaqueada, mas minha preferência é o caminhão, pois me dou bem com serviço – enfatiza.

Quando a sirene toca, os bombeiros de plantão nunca sabem o que estão prestes a encontrar, independente disso, em primeiro lugar, está sempre a preservação da vida da vítima.

– Sempre recebemos a pior informação, um tempo atrás recebemos a informação de um acidente que envolvia ônibus e caminhão de combustível, sentido Chapecó – ressalta.

O BCP diz que já era imaginado uma possível explosão, como envolvia ônibus e o chamado foi perto de 18h, recordou ser horário de transporte para as faculdades.

– Desde o momento que somos acionados até chegarmos no local, passa muita coisa na cabeça dos Bombeiros, pelo horário poderiam ser estudantes, ou seja, número de vítimas maior ainda – fala.

Ao chegar no local, a vítima era um conhecido próximo.

– Tive que me manter firme para tirar ele de lá e foi o que eu fiz. O Bombeiro tem que ser um porto seguro para a vítima – conclui.

Essa é a vida e dia a dia o Bombeiro Civil Profissional, que mesmo em seus dias de folga, segue com o celular 100% carregado pois pode ser chamado a qualquer momento para atender alguma ocorrência.


Foto arquivo pessoal: Treinamento da FT do CBMSC juntamente com a PMSC Ambiental

Foto/Divulgação: Visita do BCP, Reginaldo e filha Valentina a redação do Lance Seara

Essa foi a história do BCP, Reginaldo Orlando.
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