Chegar a uma olimpíada é o grande sonho de muitos atletas, um sonho que requer muita dedicação, preparação e luta. A história de hoje trás detalhes da vida e carreira do jovem searaense Rangel Luan da Rosa. Nascido e criado em Seara, o atleta é destaque no mundo do handebol. Ele viveu até seus 15 […]
Chegar a uma olimpíada é o grande sonho de muitos atletas, um sonho que requer muita dedicação, preparação e luta. A história de hoje trás detalhes da vida e carreira do jovem searaense Rangel Luan da Rosa.
Nascido e criado em Seara, o atleta é destaque no mundo do handebol. Ele viveu até seus 15 anos no município, quando começou a trajetória de sucesso no esporte, sucesso esse que resultou em sua primeira Olimpíada em 2021.
Antes de decidir que esse seria o seu esporte, Rangel, como muitas crianças, praticava de tudo: futebol, futsal, vôlei e até xadrez. Aos 12 anos começou a praticar handebol com os amigos na Fundação Municipal de Esportes, em Seara. Durante os treinos, a posição de goleiro sempre era rejeitada pelos colegas, foi então que Rangel decidiu arriscar e acabou assumindo a posição, na qual joga até hoje.
Desde que se mudou para a Europa, o handebol é a fonte de renda de Rangel. O jovem de 25 anos dedica seu tempo a malhação, treinos e jogos. De segunda a sexta-feira, as manhãs são destinadas a musculação, as tardes são de treinos intensos dentro de quadra e aos sábados, são realizados jogos e competições.
– É preciso certo sacrifício para chegar ao nível de excelência que o esporte pede de seus atletas, renunciar horas de lazer e descanso e ficar longe da família e amigos, que, no meu caso, foi o maior desafio. Acabei perdendo momentos únicos e fases importantes daqueles que amo em nome do esporte – destaca.
Rangel enfatiza sobre o apoio da família, o qual considera indispensável. Segundo ele, o mais difícil é a incerteza do sucesso, de poder sustentar-se por meio do esporte.
– No meu caso, o handebol não tem nenhum incentivo no Brasil, então a perspectiva é que você jogue até um certo tempo, tente tirar o máximo proveito possível. Tentar fazer uma faculdade, já que muitos clubes do Brasil oferecem como maneira de conseguir atletas. Então você precisa se esforçar muito sem saber se dará certo – explica.
Em 2021, um dos sonhos de Rangel foi realizado: a escalação do atleta da seleção brasileira de handebol, a primeira participação em jogos olímpicos.
– Foi espetacular, todo o ambiente que tem, a vila olímpica, o ginásio muito bonito, a estrutura muito bem montada. Não há palavras para descrever – destaca.
Como todo jogo, a vida também tem seus altos e baixos. Engana-se quem acredita que a vida no esporte é feita somente de vitórias. Na vida do jovem não foi diferente, muitas portas foram fechadas, mas a persistência nunca o abalou e sempre seguiu em busca novos caminhos em busca de seus sonhos.
Em 2018, foi contratado para jogar no Bidasoa Irun, time da cidade localizada no nordeste da Espanha, quase na fronteira com a França. Com a equipe, viveu sua melhor temporada entre 2018 e 2019.
As atuações de Rangel chamaram a atenção e o goleiro finalmente fez sua estreia em grandes competições com a camisa da Seleção Brasileira de Handebol masculino. No Mundial de 2019, disputado na Alemanha e na Dinamarca, foi um dos destaques do time que conseguiu um inédito nono lugar.
– Estou realizado e orgulhoso em poder levar o nome do Brasil, é muito emocionante escutar o hino brasileiro antes da partida – explica.
Segundo o atleta, o esporte mudou a sua vida, ele avalia ser uma pessoa muito diferente graças ao handebol.
– Tudo que tenho e sou hoje devo a esse esporte. Eu diria para todos que tem um sonho de seguir o caminho do esporte. É uma estrada árdua, você tem que estar preparados para fazer alguns sacrifícios para chegar a ser profissional, o mais importante de tudo e ter as coisas claras na sua mente, se é isso que você quer, lutar até o final com todas as forças, mais cedo ou mais tarde a recompensa vem – finaliza.
Essa foi a história de Rangel Luan da Rosa, atleta profissional de handebol.
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